A Pachira aquatica é
uma árvore da família Malvaceae ou Bombacaceae, nativa da América Central e
do Sul. Ela também é conhecida como monguba, mungaba, castanhola, castanha-do-maranhão, cacau selvagem, carolina, paineira-de-cuba
e mamorana. É uma árvore
frondosa, podendo atingir até 18 metros de altura, cujas folhas pecioladas e
digitadas apresentam de 5 a 9 folíolos verde-escuros.
Suas flores com 5 pétalas
muito grandes são muito bonitas e
perfumadas, com longos estames de extremidade rosada e base amarela. Os frutos
grandes e compridos, semelhantes ao cacau, contém uma paina sedosa e branca que
envolve as sementes.
As sementes são comestíveis
e podem ser usadas para produzir um pó
semelhante ao achocolatado. Para produzir tal especiaria é preciso colher as
sementes, fazer um corte nas sementes e torrá-las numa panela ou forno. Depois
de escurecidas, bater no liquidificador e voltar novamente a massa triturada na
panela até secar totalmente. Depois voltar no liquidificador e por último
passar a farinha numa peneira fina para separar o pó da casca. Esse pó meio
oleoso é um verdadeiro chocolate que pode ser misturado (1 colher de sopa) num
copo de leite (quente ou gelado) e adoçado a gosto, estando pronta uma bebida
energética e muito saborosa. O pó ainda pode ser usado como ingrediente para
bolos, bolachas, brigadeiro e outras iguarias.
Estudos desenvolvidos
sobre a composição das sementes demonstram que elas têm um elevado teor de óleo (44,1%), sendo o ácido palmítico o seu
principal componente. Observou-se, também, a existência de proteínas
com alto teor de triptofano. A árvore vegeta espontaneamente em locais úmidos,
às
margens e barrancos de rios e lagoas ou em terrenos alagadiços, motivo da
palavra "aquática" em seu nome científico. No entanto, a monguba
adapta-se facilmente a condições bem diversas de solo e clima. Em geral, a monguba é uma árvore de tamanho variável, bastante frondosa, possuindo uma copa
densa e arredondada. Por tais qualidades e pela beleza e exotismo de suas
grandes flores amarelas de pontas avermelhadas, é árvore de reputada função
ornamental, sendo bastante utilizada na arborização de ruas, o que prova sua grande adaptabilidade e sua capacidade de
medrar até mesmo em terrenos secos. As plantas
jovens podem ser envasadas e são excelentes para ambientes internos bem
iluminados. Os países asiáticos são importantes produtores e exportadores da Pachira aquatica nesta forma.
Embora
seja espécie muito conhecida, adaptável ao cultivo, produtora de frutos saborosos e de variadas utilidades, a monguba ainda é pouco
utilizada pelos brasileiros, nem sempre
reconhecida como espécie de importância para a exploração econômica, o que é um
equívoco. As belas mongubas produzem anualmente grandes quantidades de frutos,
disputados avidamente pela fauna. Deles,
aproveitam-se as sementes. Sendo da mesma família das paineiras, as sementes da monguba são comestíveis e podem ser consumidas
cruas, assadas sobre a brasa, fritas em óleo, cozidas com sal ou torradas.
Porque motivo a Pachira está
relacionada com dinheiro e boa sorte?
A Pachira
é vendida na Ásia Oriental e nos Estados
Unidos sob nomes comerciais que significam
"árvore de dinheiro" (money tree, planta-do-dinheiro,
erva-da-fortuna). A lenda que
originou esta crença popular, diz que um pobre camponês certa vez pediu ajuda a
Deus para sair da sua vida de pobreza. Como resposta, Deus colocou em seu
caminho uma estranha árvore, que fez o pobre homem ficar intrigado, a ponto de desenraizá-la
e levar para sua casa. O camponês percebeu então que a estranha árvore crescia
sem necessidade de grandes cuidados, mantendo-se forte e resistente. Decidiu
aprender a lição ensinada por essa árvore, e resolveu ele também ser perseverante
e determinado nas coisas em que acreditava, sem jamais esmorecer. Tornou-se então
um grande empresário e fez fortuna vendendo milhares de exemplares de Pachira
aquatica. A história
real do sucesso desta planta não difere muito da lenda. Um caminhoneiro de
Taiwan resolveu certo dia entrelaçar cinco Pachiras, como uma trança de cabelo
e vendê-las. A ideia pegou e hoje Taiwan é o maior exportador mundial desta
planta, exportando anualmente plantas Pachira
aquatica no valor de 7 milhões de Dólares Americanos, algo em torno de 5
milhões de Euros ou 28 milhões de Reais. Talvez a crença na Ásia Oriental de
que esta planta atrai dinheiro, seja, de fato, verdadeira. É comum vê-la em
escritórios, no Japão e na China, coberta de fitas vermelhas e outros símbolos
de bom augúrio.
Os
praticantes de Feng Shui também atribuem grande importância e significado a esta
"nova" planta de interior. As suas cinco folhas simbolizam os cinco
elementos do Feng Shui: Madeira, água, terra, fogo e metal. A Pachira aquatica
deverá ser colocada dentro de casa nos locais onde guardamos o dinheiro.
Quais os cuidados ideais para esta planta?
Luminosidade – A monguba aprecia boa luminosidade, porém
indireta. A falta de
luminosidade acarreta o amarelamento das folhas. Evite expô-la
ao sol, nas horas mais quentes do verão.
Umidade – A
umidade deve ser elevada. As folhas devem ser pulverizadas frequentemente no verão.
A terra deve ser mantida sempre úmida. No inverno regar menos.
Solo – A
terra deve possuir muito boa drenagem. É aconselhável acrescentar areia na
proporção de 1/4 de areia para 3/4 de terra.
Temperatura – É uma planta muito versátil, adaptando-se a uma ampla faixa climática, desde o
calor equatorial até o frio subtropical. Tente
somente não manter a Pachira aquatica em salas aquecidas no inverno.
Propagação – Multiplica-se por
estaquia ou sementes. As sementes
germinam facilmente num período de 10 a 20 dias.
Recomendo que sejam plantadas diretamente em sacos individuais contendo
substrato organo-arenoso. As mudas atingem 35
cm com 5 meses após a germinação. Formar as mudas em
pleno sol. A frutificação inicia-se com 2 a 4 anos,
dependendo do solo e tratos culturais. Também pode ser facilmente propagada por
estacas de galhos lenhosos e maduros.
Como Plantar – No pomar planta-se num espaçamento de 6
x 6 m. Após o plantio irrigar com 10 litros
de água por semana nos primeiros 2 meses. As covas
devem ter 50 cm nas três dimensões e convém adicionar 8 kg
de matéria orgânica bem curtida, 500 g de cinzas, 200 g
de torta de mamona e 400 g de calcário, misturar tudo e
deixar curtir por 2 meses. O plantio deve ser feito a partir de novembro a
dezembro. Outra opção de adubação é utilizar aproximadamente
3 pás de composto
orgânico e 30 gramas de NPK 10-10-10, dobrando essa quantia a cada ano até o 4º
ano. Depois disso, adubar anualmente, no início da primavera, com a mesma quantidade.
Poda – Fazer apenas podas de formação da copa e eliminar os galhos que nascerem
na base do tronco, caso deseje que a arvore cresça ou caso prefira uma copa
arredondada, pode o broto terminal e faça podas para moldar a ramificação e
galhos.
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