Um estudo científico desenvolvido em
1989 pela NASA indicou as 5 plantas mais eficientes para purificação do ar em ambientes
fechados. Apesar de antigo, seus achados continuam validados até hoje. Durante
o estudo foram levados em consideração diversos poluentes do ar como benzeno,
xileno, amoníaco, tricloroetileno e formaldeído. O autor do estudo, Bill
Wolverton, atualmente está à
frente da ONG Wolverton Environmental Services (http://www.wolvertonenvironmental.com),
selecionou as plantas de acordo com suas características e capacidade de
filtrar e purificar estes poluentes.
1. Palmeira-dama
(Raphis excelsa) - É uma espécie
botânica pertencente à família Arecaceae.
É popularmente conhecida pelo nome de palmeira-ráfis ou palmeira-dama
e é originária da China. É muito usada em decoração de interiores e em
jardins. Quando adulta, alcança de 2 a 4 metros de altura, com vários troncos
finos, revestidos de fibras espessas, com um aspecto muito interessante. As
plantas podem ser masculinas ou femininas. As inflorescências são muito
ramificadas, com flores amareladas e não possuem muito destaque. Cresce melhor
em ambientes com luminosidade baixa e média e prefere temperaturas medianas. Ela
não tolera geadas e exige níveis altos de umidade do ar. Possui um crescimento
relativamente lento, sendo adequada para cultivos em vasos destinados a
interiores iluminados. Para o cultivo em jardins, em touceiras isoladas ou
formando grupos, deve ser colocada a meia-sombra, com solo fertilizado e de boa
drenagem. Multiplica-se principalmente por divisão de touceiras, plantadas na
primavera. Faz-se a separação das brotações laterais, plantando-as em outros
locais ou vasos. Segundo a Nasa, pode
eliminar poluentes como o formaleído, xileno e amoníaco.
2. Árvore da
Borracha (Ficus elástica) – A Ficus elástica é uma morácea tropical, originária
de uma vasta região que se estende desde o subcontinente indiano (Assam) até a
Malásia e a Indonésia. É uma das plantas de interior mais populares do mundo,
sendo cultivada com este objetivo em praticamente todo o planeta. Diversos cultivares foram desenvolvidos, diferindo na dimensão e coloração de suas folhas, com destaque para as variedades
com folhas variegadas e com descoloração diversa. O cultivar mais comum é o Robusta, de grandes folhas, muito
lustrosas e rígidas. Como árvore ornamental é usada em regiões livres de geada, desde as zonas tropicais
até às regiões de clima
mediterrânico. A planta cresce melhor em zonas com
forte insolação, embora seja extremamente tolerante à sombra. Temperaturas
muito elevadas reduzem o crescimento das folhas. Suporta bem a seca, mas
prefere zonas bem irrigadas. Devido a sua dependência em relação à vespa polinizadora, fora do seu habitat natural a reprodução é assexuada, sendo
fácil o enraizamento de estacas e a indução de formação de raízes em ramos
através da utilização de hormônios estimuladores. Atinge de quinze a vinte metros de altura (podendo chegar até
sessenta metros no seu habitat natural). Possui tronco curto e grosso, que pode
chegar aos dois metros de diâmetro, de forma geralmente irregular e muito
ramificado desde a base. A copa é ampla, com ramos que se desenvolvem
obliquamente ao tronco principal. A planta tende a desenvolver raízes aéreas
que, ao encontrarem o solo, se transformam em troncos auxiliares, ajudando a
suportar os pesados ramos, contribuindo para o alargamento da copa. Há cultivares com folhas variegadas de amarelo
ou matizadas de castanho-avermelhado, em geral utilizadas como planta de decoração
interior. Quando cortada, a planta derrama um látex tóxico, esbranquiçado e
muito viscoso. Este látex foi utilizado como matéria-prima no fabrico de
borracha, embora não tenha a mesma abundância e qualidade do produzido pela
seringueira. Esta planta possui a capacidade de
combater a umidade do ar e eliminar poluentes como o xileno, benzeno, tolueno,
tricloroetileno e formaldeído.
3. Espada de
São Jorge (Sansevieria trifasciata) - A
espada de São Jorge ou espada de Santa Bárbara, (Sansevieria
trifasciata ou Sansevieria zeylanica), também conhecida como língua-de-sogra, rabo-de-lagarto e sanseviéria, é uma planta herbácea de origem africana,
que se destaca também por exigir pouca ou nenhuma manutenção e pela sua
grande resistência. Esta planta é uma herbácea formada por rizomas, perene, sem
caule, de 70 a 90 cm de altura, com folhas espessas. São cultivadas diversas
variedades de folhas com margens creme-amareladas curtas e com manchas
amareladas nas margens. Possui inflorescências longas, com flores brancas e
pequenas, de importância ornamental secundária. A espada-de-São-Jorge se
desenvolve melhor quando plantada em locais à meia-sombra, mas toleram tanto o
sol pleno quanto ambientes pouco iluminados. Apresenta boa resistência a solos
áridos e ao calor tropical, bem como ao frio. Pode ser cultivada em vasos ou em
grupos em jardins, formando bordaduras ou mesmo para compor maciços. Evite
regas demasiadas, pois isso pode causar o apodrecimento da planta. Deixe a
terra secar bem antes de regar novamente. Se for adubar, faça-o somente uma vez
ao ano. Troque a planta de vaso assim que as raízes preencherem o vaso todo. Multiplica-se por divisão da planta pelas raízes, ou
também por estacas feitas das folhas, enterrando-se a base de pedaços de
folhas. Além do seu uso ornamental, as
espadas-de-são-jorge são também conhecidas como plantas de proteção contra o
mau-olhado, devendo ser colocadas próximo à entrada das casas. Nas religiões
afro-brasileiras, ela é também chamada de espada de ogum (quando tem
coloração verde) ou espada de oxóssi
(quando bicolor, com bordas amarelas). Esta folha sagrada está sempre
presente nos rituais de sasanha e na cerimônia de águas sagradas denominada de
abô. De acordo com pesquisas científicas, a sansevieria trifasciata limpa do ar
substâncias como o benzeno, metanol, tricloroetileno, xileno e tolueno. E ainda
produz oxigênio durante a noite.
4. Jibóia (Epipremnum aureum) – O Epipremnum
aureum, mais conhecido por jiboia
ou hera-do-diabo, é atualmente uma das plantas de interior mais comuns,
principalmente devido à sua robustez, resistência e fácil adaptação a diversos
ambientes, não requerendo grandes cuidados. Por isso é bastante
utilizada em escritórios, lojas e outros locais públicos. Adapta-se facilmente
a temperaturas entre 17ºC e 30ºC, devendo ser regada até uma ou duas vezes por
semana. Não se esqueça de uma regra que é válida para todas as espécies: Nunca
deixe a terra ficar encharcada. A jiboia é uma planta tropical e gosta de
calor. Se possível, faça com que a sua planta nunca seja exposta a uma
temperatura inferior a 12º C. Ela gosta de locais muito iluminados, mas sem luz
do sol direta. Se colocar a planta em locais com pouca luz, as folhas ficarão
quase totalmente verdes e o crescimento da planta torna-se-á mais lento. Dentro
de casa, elas não chegam a ultrapassar os 2 metros, mas na natureza, podem
atingir mais de 20 metros de altura. A jibóia é uma epífita que se entrelaça
nos troncos e galhos das árvores, agarrando-se aos mesmos com as suas raízes aéreas.
As folhas também mudam de forma de acordo com a idade e o tamanho da planta.
Enquanto jovem, as folhas mantêm o formato cordiforme, mas nos espécimes
adultos que crescem no exterior, as folhas podem alcançar uma largura de quase
1 metro, altura em que ganham um recortado similar ao observado nas folhas da
costela-de-Adão. É muito fácil propagar a Epipremnum aureum. Basta colocar qualquer parte do
caule que tenha raízes aéreas junto ao solo, para que a planta enraíze
rapidamente. Também podem ser cortadas estacas das extremidades, com cerca de 10 cm de
comprimento, as quais enraizarão rapidamente quando colocadas em água. É eficaz
na absorção de formaleído, xileno e benzeno.
5.
Lírio da
Paz (Spathiphyllum wallisii) - O Lírio-da-paz é uma das plantas mais utilizadas em interiores em todo o
mundo. Sua beleza, associada à baixa exigência em luz e tolerância a descuidos
a torna uma das melhores opções para ambientes internos, mas pode também ser
utilizada com sucesso em ambientes externos. É uma herbácea perene, de 30 a 40
cm de altura, com folhas brilhantes, que também possuem grande valor
ornamental. É bastante semelhante à outra espécie chamada de Spathiphyllum
cannifolium, que também possui grande valor ornamental. O florescimento
pode ocorrer durante o ano todo em algumas regiões, mas é mais abundante
durante a primavera-verão, liberando suas flores brancas que simbolizam a paz.
Suas folhas não possuem perfume, e podem se tornar verdes com a idade ou devido
à má iluminação. A planta não cresce bem sob baixas temperaturas, sendo mais
recomendada para as regiões tropicais, quando em ambientes externos. Ela pode
sofrer injúrias nas folhas em temperaturas abaixo dos 15 graus. O Lírio-da-paz
cresce melhor quando cultivado à meia-sombra, em ambientes com boa iluminação
indireta. Entretanto, ele também pode ser deixado em locais com pouca
iluminação, inclusive em muitos locais que só recebem iluminação por lâmpadas.
O excesso de sol direto pode amarelar as folhas e causar queimaduras. A planta pode
ser plantada em vasos ou em canteiros, formando conjuntos isolados, ou em
bordaduras e beira de muros. A terra deve ser rica em compostos orgânicos e
possuir boa drenagem de água, para que suas raízes não fiquem encharcadas
demais. A planta cresce bem mesmo em locais com baixa umidade relativa do ar
(em torno dos 30%). Caso ele esteja em um local mais bem iluminado, regue
mantendo a terra sempre úmida, mas não encharcada. Em locais mais escuros,
deixe a terra secar um pouco antes de regar novamente. O excesso de adubação
pode inibir a formação de flores e gerar pontos marrons nas folhas. O lírio-da-paz
multiplica-se facilmente pelas numerosas mudas
que se formam junto à planta original, as quais podem ser separadas da
planta-mãe em qualquer época do ano. Você pode dividir suas raízes com o
auxílio de uma faca. Esta
planta tem a incrível capacidade de exterminar todos os poluentes verificados
pela Nasa.
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