domingo, 30 de abril de 2017

ROSA DO DESERTO


            A Rosa do Deserto ou Lírio Impala é uma planta suculenta belíssima de caule escultural e floração exuberante, originária do sul da África e da Península Arábica, que vem encantando jardineiros no mundo todo. Seu nome científico é Adenium spp da família Apocynaceae.
             A Rosa do Deserto desperta grande curiosidade por seu aspecto belo e singular, que logo se transforma em amor naqueles que passam a conhecê-la mais a fundo, porque ela possui características que a tornam única e muito diferente de qualquer outra flor que você já conheceu:
  • ·        Floresce com frequência
  • ·        É fácil de cuidar
  • ·        Você pode viajar por um mês sem se preocupar; sua Rosa do Deserto se manterá viva!
  • ·        Pode ser facilmente conduzida no estilo Bonsai
  • ·        Requer mínimos cuidados
  • ·        Normalmente não são afetadas por doenças
  • ·        Necessitam de menos água que cactos e suculentas
  • ·        Podem crescer em qualquer local, inclusive em apartamentos

ESPECIES DE ROSA DO DESERTO

1.      Adenium somalense – Ocorre desde o sul da Somália até o Quênia e Tanzânia. Na natureza alcançam até 15 metros de altura, com tronco maciçamente inchado. As plantas crescem de forma bastante rápida e fazem um grande caudex em comparação com o tamanho da planta em poucos anos. O Adenium somalense tem flores menores do que a maioria das outras espécies de Adenium, mas com lindas listras vermelhas e brancas. As pequenas flores começam a aparecer no final da estação de crescimento, seguido por uma floração mais profusa durante o inverno, enquanto as plantas ainda têm folhas. As flores são rosa com vermelho nas bordas, e uma garganta branca com guias de néctar em destaque. Os apêndices das anteras são salientes e vão pouco além do tubo. É muito utilizado por bonsaistas e muito difícil de ser encontrado em viveiros comerciais. Esta espécie é extremamente intolerante ao frio. Temperaturas abaixo de 10° C por algumas semanas normalmente farão com que as raízes morram. Mesmo manter a planta seca no inverno não impedirá de maneira confiável esse colapso. Provavelmente por esta razão e por causa de seu grande tamanho, não é comum no cultivo.

                             
2.      Adenium socotranum – É a variedade mais rara de todas. É uma espécie endêmica da Ilha de Socotra no Oceano Índico, ao sul da península arábica, pertencente ao Iêmen. É o gigante do grupo, com troncos maciços de até 10 metros de altura e 8 metros de diâmetro. Por muitos anos Socotra hospedou um porto naval soviético e nunca permitiu a disponibilidade de plantas e sementes fora dos limites da ilha. Atualmente, as visitas à ilha ficaram mais acessíveis, mas as autoridades ainda são muito protetoras dos recursos naturais e a coleta de plantas e sementes é considerada ilegal. Por este motivo, pouquíssimos exemplares da espécie existem fora dela e por isso são caras e raras de serem encontradas.
            


3.      Adenium swazicum - Suas flores variam de lilás a quase magenta, sendo suposto ser o Adenium mais resistente. A cor incomum de suas flores e natureza florífera, bem como o padrão de crescimento compacto são suas melhores características. O Adenium swazicum ocorre na Suazilândia e partes adjacentes da África do Sul. Seu alcance se estende até regiões altas que têm invernos bastante frios. Esta espécie tolera geadas leves, com pouco ou nenhum dano. As hastes tendem a ser fracas e o caudex tende a ser subterrâneo, florescendo no verão e outono (alguns clones florescem na maior parte do ano). A característica peculiar delas são as pétalas de cor sólida (sem clarear na direção da garganta), que é de cor mais escura e não tem guias de néctar. Além disso, os apêndices das anteras são muito curtos e escondidos no interior do tubo, uma característica que compartilha apenas com a Adenium boehmianum. As flores brancas são conhecidas no cultivo. A literatura diz que plantas selvagens podem ter flores vermelhas, mas elas parecem ser desconhecidas no cultivo. Esta espécie é provavelmente a segundo mais popular no cultivo depois da Adenium obesum. É também um dos pais de muitos dos híbridos existentes.
          


4.      Adenium obesum – É uma espécie altamente variável, com uma vasta gama de formatos de plantas, folhas e flores. Geralmente é auto-estéril, embora alguns clones produzam sementes quando estão sozinhos. As folhas podem ser pequenas ou grandes, lisas ou tormentosas; o crescimento pode ser compacto e espesso ou alto e magro; o caudex pode ser baixo e gordo ou alto e estreito. Suas flores vão desde o branco puro até o vermelho-escuro. Há dois subtipos ou populações diferentes de Adenium obesum. Uma ocorre quase em toda a África e numa maior parte ao sul do Saara, do Senegal até o Sudão e Quênia. Outra população, supostamente da mesma espécie, ocorre na Tanzânia, no sul do Quênia e norte de Moçambique. O identificador mais útil desta espécie é, provavelmente, o fato de as pétalas se desvanecerem de mais escuras nas margens a mais pálidas em direção à garganta da flor. Os apêndices das antenas crescem para a borda da garganta ou um pouco mais além. Esta é uma espécie que potencialmente pode florescer, sob condições tropicais, em qualquer época do ano. Os caudex variam de pouco desenvolvidos a substancialmente desenvolvidos em diferentes clones, mas nunca são tão grandes como os de Adenium arabicum, somalense ou socotranum. O Adenium obesum tem sido altamente selecionado e domesticado no cultivo, produzindo uma ampla gama de cores do branco ao vermelho roxo e até ao negro. Há também bicolores e mutantes com flores ou folhas variadas.




      5 - Adenium arabicumÉ nativa da faixa estreita perto da costa ocidental da península Arábica sul (no Iêmen e Arábia Saudita). Estas plantas crescem rapidamente e desenvolvem grandes caudex maciços em apenas alguns anos e florescem principalmente na primavera. A Adenium arabicum é uma espécie comumente utilizada e cultivada para bonsai pelo formato de suas folhas, forma de crescimento e características de floração. As folhas desta espécie têm uma superfície ampla. Suas folhas também tendem a ser grandes, grossas e com aparência coriácea. Sua forma de crescimento é achatada e gorda, com um caudex bem definido e sem muita diferenciação entre tronco e galhos. A cor de sua pele varia do roxo ao marrom escuro. As flores variam do rosa ao rosa avermelhado. As folhas desta planta são pequenas, suavemente peludas e distintamente suculentas. As plantas podem ser mantidas secas no inverno por vários meses. Este período de dormência promoverá a sua floração. Suas sementes são particularmente grandes e suas mudas formam rapidamente um caudex bem duro. Ao contrário da variedade obesum que apresenta uma enorme gama de cores, cerca de 99% dos arabicum têm flores rosa, variando do rosa claro ao escuro. Esta variedade, por apresentar um caudex que cresce rapidamente e produz muitos ramos é ideal para o crescimento como bonzai.
        


6.      Adenium boehmianum – É originária do noroeste da Namíbia e sul de Angola. É uma espécie de crescimento lento e leva vários anos para florescer. As flores são quase brancas ou rosa pálido com a garganta roxa escura e uniforme. O seu caudex e as ramificações possuem uma coloração prateada e têm folhas caducas verde-acinzentadas e dobradas ao longo da nervura central. Sua seiva é usada como veneno de flecha por tribos nativas do sul da Namíbia.
            


7.      Adenium multiflorum É nativa de Moçambique e Zimbabwe. Ela tem as segundas maiores folhas do gênero. Estas plantas têm uma dormência de inverno obrigatória. Geralmente têm o tronco (caudex) mais estreito do que a obesum e são uma espécie decidual, florescendo de maio a agosto, enquanto a planta está sem as folhas. As flores são abundantes e, possivelmente, as mais impressionantes de todo o grupo. As pétalas são afiadas em forma de estrela, de vermelho brilhante e de diferentes larguras, nitidamente delimitadas a partir das partes brancas interiores. A melhor maneira de reconhecer esta espécie são suas flores brancas com borda vermelha estreita e os apêndices das anteras que são extensas muito além da garganta com seus guias de néctar em destaque. Entretanto, a Adenium multiflorum não é muito cultivada. As razões prováveis são o fato de seu crescimento ser mais lento do que a Adenium obesum, a necessidade de uma queda de temperatura e luz forte no inverno para florescer bem e a temporada de floração ser bastante curta.
           

           
        A Rosa do Deserto se caracteriza por apresentar morfologicamente um espessamento do seu colo (caudex) e sistema radicular. Esta adaptação está ligada ao armazenamento de água e nutrientes, o que garante a sua sobrevivência em locais áridos. No Brasil, recentemente a Rosa do Deserto tem sido muito comercializada por floricultores e paisagistas devido ao seu alto valor ornamental. Entretanto, ainda não dispomos de informações técnicas agronômicas que possam dar suporte a um sistema padronizado de produção comercial.
          A Rosa do Deserto pode ser cultivada por sementes ou estacas. Os troncos grossos com a característica parecida com a dos grandes Baobás, só podem ser obtidos através do cultivo de sementes. Um dos segredos para deixar a base do caule interessante é levantar um pouco a planta, deixando a parte superior das raízes exposta a cada replantio, que deve ser realizado a cada dois ou três anos. Podas de formação devem ser criteriosas para não gerar deformidades não naturais e cicatrizes feias na planta. Use luvas nas podas e no manuseio da planta pois sua seiva é altamente tóxica.
            As florações da Rosa do Deserto podem ser obtidas em plantas jovens, com apenas 15 cm de altura. O florescimento geralmente ocorre na primavera, sendo que há possibilidade de sucessivas florações no verão e outono. As cores são variadas, indo do branco ao vinho escuro, passando por diferentes tons de rosa e vermelho. Muitas variedades apresentam mesclas e degrades do centro em direção as pontas das pétalas. Há ainda variedades de flores dobradas, triplas, quadruplas, entre outras. Há também flores negras, que ao contrário das outras precisa de um PH mais ácido. Devido a inúmeros cruzamentos que estão sendo realizados por cultivadores de todo o mundo, estão aparecendo cada vez mais Rosas do Deserto com tons mesclados e diferentes cores.


DICAS PARA O CULTIVO DA ROSA DO DESERTO

As Rosas do Deserto são plantas vigorosas e fáceis de manejar, mas há alguns segredos para se conseguir um belo formato do caule e das raízes e para estimular espetaculares florações:

1.   Iluminação - As Rosas do Deserto são plantas exigentes em luz. Elas devem tomar de quatro a seis horas de sol por dia, caso contrário, não florescerão ou florescerão pouco. Na falta de sol, também podem acontecer duas coisas: estiolamento (crescimento débil em comprimento) ou uma tendência em procurar a luz, fazendo com que a planta entorte para um lado.
2.   Temperatura - As Rosas do Deserto não gostam do frio. Não toleram temperaturas abaixo de 10° C Em baixas temperaturas, seu metabolismo fica muito lento, dormente. Quando expostas ao frio, as folhas ficam amarelas e caem. Deixam de florescer, e se estiverem floridas as flores caem. Nestas condições, as regas devem ser bem espaçadas, até porque não vão aproveitar muito as irrigações. Uma estufa seria uma saída interessante para manter a planta em crescimento vegetativo em locais com inverno mais rigoroso, como no sul do Brasil e em regiões serranas.
3.  Substrato – O substrato para Rosas do Deserto é bem específico, mas fácil de preparar. Ele deve ser rico em Potássio, Fósforo e Cálcio, leve e, essencialmente, bem drenável. Entretanto, por ser um substrato drenável, é frequente a perda de nutrientes, que são constantemente lavados durante as regas e as chuvas, por isto adubações complementares são muito bem vindas. O Nitrogênio é um nutriente que deve ser usado com cautela, pois pode provocar um desenvolvimento excessivo na planta. Mais importante que a fertilidade do substrato, é sua capacidade de drenar a água. Muitos usam areia grossa. Ela funciona, mas o vaso fica muito pesado. A melhor mistura é aquela com o uso de carvão. O carvão é leve, fértil, drenável e ainda ajuda na manutenção da umidade e aeração do substrato. Além disso, é barato e fácil de conseguir. Só deve ser evitado o carvão que sobrou na churrasqueira, pelo excesso de sal que contém. Para produzir este substrato, use composto orgânico, enriquecido com farinha de ossos, mais carvão moído (50% de composto orgânico + 50% de carvão moído). O composto orgânico contém os nutrientes essenciais às Rosas do Deserto, além de reter certa umidade. O carvão moído deixará o substrato leve e aerado, além de conter uma boa porcentagem de Potássio, um micronutriente importante. Além disto, o carvão é resistente à decomposição, aumentando muito a durabilidade do substrato. O composto orgânico poderá ser substituído por húmus de minhoca ou, com menos vantagem, por esterco curtido. Já o carvão poderá ser substituído por casca de arroz carbonizada, ou também, com menos vantagem, por casca de árvores. Usando cascas de arvores, a durabilidade do substrato diminui, pois não são tão resistentes à decomposição quanto o carvão. Uma rosa-do-deserto saudável produz belas e abundantes florações. Usando este substrato, realize as regas quando ele estiver seco, fazendo adubações de cobertura a cada 40 dias, usando composto orgânico e farinha de ossos.
4. Podas - Não tenha medo de podar sua Rosa do Deserto. As podas são imprescindíveis para dar forma à planta e servem também para estimular as florações. Tenha cautela ao usar as podas para induzir o florescimento. Use-a como último recurso. Antes disso, melhore a adubação, dando mais atenção aos nutrientes já citados acima. Para dar formato à planta, podem ser usados também os recursos dos bonsaistas, como “aramar” os galhos ou usar fios de barbante para ancorá-los. Faça sempre cortes em bisel nos ramos, evitando assim o acúmulo de água nos ferimentos. O pó de canela tem sido usado com sucesso como cicatrizante nos cortes, prevenindo o aparecimento de doenças fúngicas.
5.   Propagação - A Rosa do Deserto pode ser propagada por sementes ou estacas. Se a opção for por sementes, deixe-as de molho em água não clorada para se hidratarem. O tempo mínimo na água é de duas horas. Podem também ser plantadas sem este tratamento, mas neste caso o tempo de germinação aumentará em 2 a 3 dias. Depois de hidratadas, plante as sementes em recipientes individuais e bem identificados. Estes recipientes podem ser copinhos de plásticos de 200 ml ou bandejas de isopor com células individuais. As bandejas de 128 células, facilmente encontradas em agropecuárias, são ideais. O tempo para as sementes germinarem varia de 2 a 4 dias. Durante este período, mantenha o substrato constantemente úmido. Quando todas estiverem germinadas reduza a irrigação para uma ou duas vezes ao dia e, à medida que forem crescendo, a irrigação deve ser gradativamente espaçada. As mudinhas devem ficar sob sol pleno para irem se acostumando a esta condição de luminosidade. O momento para o transplante é quando a mudinha estiver com 3 pares de folhas definitivas. Depois de 6 a 8 meses de germinadas as pequenas plantas começam a florescer. Outra forma de propagá-las é por estacas. Aproveite as podas para fazer mudas por estaca, mas lembre-se que essas mudas não desenvolverão um caudex exuberante como as originárias de semente.


6.   Adaptação - Se você comprou sua planta em um viveiro ou supermercado, é normal as folhas e flores caírem, não se preocupe. As folhas vão amarelecer e cair, assim como as flores. Isto é normal, pois elas mudaram drasticamente de ambiente. Não faça transplante e nem adube até que sua planta esteja totalmente adaptada ao novo local, demonstrando crescimento.
7.   Irrigação - Uma das formas de saber se sua planta está com sede é apertando o caudex (caule) de leve. Se ele estiver murcho, isso significa que a planta está desidratada. Neste caso, faça uma boa irrigação, mas sem encharcar e verifique constantemente o substrato. Caudex murcho, pode também ser um indício de podridão. Quando apertar o caudex, e verificar que está murcho, aperte outra parte do caudex. Se também estiver murcho, é quase certo que sua planta está realmente desidratada. Caso contrario, pode ser podridão.
8.   Podridão - Se a sua Rosa do Deserto estiver podre, não se desespere, muitas vezes há salvação. Limpe todas as raízes, ficando assim com todas as raízes nuas. Com uma colher, elimine toda parte lesionada (podre) e pendure a planta num local sombreado. Deixe a planta nestas condições (pendurada) até que cicatrize toda ferida aberta. Isto levará no mínimo uns 5 ou 6 dias. Depois, replante-a com um novo substrato. Deixe a planta mais uns 3 a 4 dias na sombra, depois a leve gradativamente a pleno sol. Nestas condições, também poderá haver perda de folhas. É bem provável que, depois desta operação, o caudex fique com um buraco. Este buraco será para sempre. Mas você poderá disfarçá-lo usando uma pedra ou um enxerto lateral.

                A Rosa do deserto costuma dar flor entre um e dois anos, mas, para conquistar aquele caule grosso e sinuoso que vemos em exemplares de exposição, você terá de "trabalhar" a planta periodicamente, como um bonsai. Isso inclui replantes, corte de raízes e de brotações superiores e outros cuidados para evitar o surgimento de fungos. A cada dois anos, desenvase o torrão de raízes com cuidado, acrescente uns três dedos de substrato no vaso em que a planta estava e, então, volte o torrão ao lugar. O "degrau" que ficará na superfície do vaso deixa a terra alguns centímetros acima da borda e será eliminado com as regas, expondo, pouco a pouco, alguns centímetros das raízes. Esta técnica chamada de "levantamento de raízes" é usada pelos bonsaístas para deixar uma aparência mais escultural à planta. Por ser uma planta de crescimento lento, uma Rosa do Deserto adulta, formada e trabalhada pode custar, dependendo da idade, da cor da flor e do formato obtido, até mais de R$ 1.000,00. Drible esse problema comprando mudas jovens ou, melhor ainda, plantando suas próprias sementes. Mas se esse cultivo mais dedicado não for sua praia, prefira mudas jovens de caule bem formado e deixe que a planta cresça naturalmente. Afinal, linda ela já é.



sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

PACHIRA AQUATICA, A "MONEY TREE"


A Pachira aquatica é uma árvore da família Malvaceae ou Bombacaceae, nativa da América Central e do Sul. Ela também é conhecida como monguba, mungaba, castanhola, castanha-do-maranhão, cacau selvagem, carolina, paineira-de-cuba e mamorana. É uma árvore frondosa, podendo atingir até 18 metros de altura, cujas folhas pecioladas e digitadas apresentam de 5 a 9 folíolos verde-escuros.


Suas flores com 5 pétalas muito grandes são muito bonitas e perfumadas, com longos estames de extremidade rosada e base amarela. Os frutos grandes e compridos, semelhantes ao cacau, contém uma paina sedosa e branca que envolve as sementes. 



As sementes são comestíveis e podem ser usadas para produzir um pó semelhante ao achocolatado. Para produzir tal especiaria é preciso colher as sementes, fazer um corte nas sementes e torrá-las numa panela ou forno. Depois de escurecidas, bater no liquidificador e voltar novamente a massa triturada na panela até secar totalmente. Depois voltar no liquidificador e por último passar a farinha numa peneira fina para separar o pó da casca. Esse pó meio oleoso é um verdadeiro chocolate que pode ser misturado (1 colher de sopa) num copo de leite (quente ou gelado) e adoçado a gosto, estando pronta uma bebida energética e muito saborosa. O pó ainda pode ser usado como ingrediente para bolos, bolachas, brigadeiro e outras iguarias.


Estudos desenvolvidos sobre a composição das sementes demonstram que elas têm um elevado teor de óleo (44,1%), sendo o ácido palmítico o seu principal componente. Observou-se, também, a existência de proteínas com alto teor de triptofano. A árvore vegeta espontaneamente em locais úmidos, às margens e barrancos de rios e lagoas ou em terrenos alagadiços, motivo da palavra "aquática" em seu nome científico. No entanto, a monguba adapta-se facilmente a condições bem diversas de solo e clima. Em geral, a monguba é uma árvore de tamanho variável, bastante frondosa, possuindo uma copa densa e arredondada. Por tais qualidades e pela beleza e exotismo de suas grandes flores amarelas de pontas avermelhadas, é árvore de reputada função ornamental, sendo bastante utilizada na arborização de ruas, o que prova sua grande adaptabilidade e sua capacidade de medrar até mesmo em terrenos secos. As plantas jovens podem ser envasadas e são excelentes para ambientes internos bem iluminados. Os países asiáticos são importantes produtores e exportadores da Pachira aquatica nesta forma.


Embora seja espécie muito conhecida, adaptável ao cultivo, produtora de frutos saborosos e de variadas utilidades, a monguba ainda é pouco utilizada pelos brasileiros, nem sempre reconhecida como espécie de importância para a exploração econômica, o que é um equívoco. As belas mongubas produzem anualmente grandes quantidades de frutos, disputados avidamente pela fauna. Deles, aproveitam-se as sementes. Sendo da mesma família das paineiras, as sementes da monguba são comestíveis e podem ser consumidas cruas, assadas sobre a brasa, fritas em óleo, cozidas com sal ou torradas.

Porque motivo a Pachira está relacionada com dinheiro e boa sorte?

A Pachira é vendida na Ásia Oriental e nos Estados Unidos sob nomes comerciais que significam "árvore de dinheiro" (money tree, planta-do-dinheiro, erva-da-fortuna). A lenda que originou esta crença popular, diz que um pobre camponês certa vez pediu ajuda a Deus para sair da sua vida de pobreza. Como resposta, Deus colocou em seu caminho uma estranha árvore, que fez o pobre homem ficar intrigado, a ponto de desenraizá-la e levar para sua casa. O camponês percebeu então que a estranha árvore crescia sem necessidade de grandes cuidados, mantendo-se forte e resistente. Decidiu aprender a lição ensinada por essa árvore, e resolveu ele também ser perseverante e determinado nas coisas em que acreditava, sem jamais esmorecer. Tornou-se então um grande empresário e fez fortuna vendendo milhares de exemplares de Pachira aquatica. A história real do sucesso desta planta não difere muito da lenda. Um caminhoneiro de Taiwan resolveu certo dia entrelaçar cinco Pachiras, como uma trança de cabelo e vendê-las. A ideia pegou e hoje Taiwan é o maior exportador mundial desta planta, exportando anualmente plantas Pachira aquatica no valor de 7 milhões de Dólares Americanos, algo em torno de 5 milhões de Euros ou 28 milhões de Reais. Talvez a crença na Ásia Oriental de que esta planta atrai dinheiro, seja, de fato, verdadeira. É comum vê-la em escritórios, no Japão e na China, coberta de fitas vermelhas e outros símbolos de bom augúrio.

Os praticantes de Feng Shui também atribuem grande importância e significado a esta "nova" planta de interior. As suas cinco folhas simbolizam os cinco elementos do Feng Shui: Madeira, água, terra, fogo e metal. A Pachira aquatica deverá ser colocada dentro de casa nos locais onde guardamos o dinheiro.

Quais os cuidados ideais para esta planta?

Luminosidade – A monguba aprecia boa luminosidade, porém indireta. A falta de luminosidade acarreta o amarelamento das folhas. Evite expô-la ao sol, nas horas mais quentes do verão.

Umidade – A umidade deve ser elevada. As folhas devem ser pulverizadas frequentemente no verão. A terra deve ser mantida sempre úmida. No inverno regar menos.

Solo – A terra deve possuir muito boa drenagem. É aconselhável acrescentar areia na proporção de 1/4 de areia para 3/4 de terra.

Temperatura – É uma planta muito versátil, adaptando-se a uma ampla faixa climática, desde o calor equatorial até o frio subtropical. Tente somente não manter a Pachira aquatica em salas aquecidas no inverno.

Propagação – Multiplica-se por estaquia ou sementes. As sementes germinam facilmente num período de 10 a 20 dias. Recomendo que sejam plantadas diretamente em sacos individuais contendo substrato organo-arenoso. As mudas atingem 35 cm com 5 meses após a germinação. Formar as mudas em pleno sol. A frutificação inicia-se com 2 a 4 anos, dependendo do solo e tratos culturais. Também pode ser facilmente propagada por estacas de galhos lenhosos e maduros.

Como Plantar – No pomar planta-se num espaçamento de 6 x 6 m. Após o plantio irrigar com 10 litros de água por semana nos primeiros 2 meses. As covas devem ter 50 cm nas três dimensões e convém adicionar 8 kg de matéria orgânica bem curtida, 500 g de cinzas, 200 g de torta de mamona e 400 g de calcário, misturar tudo e deixar curtir por 2 meses. O plantio deve ser feito a partir de novembro a dezembro. Outra opção de adubação é utilizar aproximadamente 3 pás de composto orgânico e 30 gramas de NPK 10-10-10, dobrando essa quantia a cada ano até o 4º ano. Depois disso, adubar anualmente, no início da primavera, com a mesma quantidade.

Poda – Fazer apenas podas de formação da copa e eliminar os galhos que nascerem na base do tronco, caso deseje que a arvore cresça ou caso prefira uma copa arredondada, pode o broto terminal e faça podas para moldar a ramificação e galhos.


domingo, 17 de janeiro de 2016

AS 5 PLANTAS MAIS EFICIENTES PARA PURIFICAÇÃO DO AR


Um estudo científico desenvolvido em 1989 pela NASA indicou as 5 plantas mais eficientes para purificação do ar em ambientes fechados. Apesar de antigo, seus achados continuam validados até hoje. Durante o estudo foram levados em consideração diversos poluentes do ar como benzeno, xileno, amoníaco, tricloroetileno e formaldeído. O autor do estudo, Bill Wolverton, atualmente está à frente da ONG Wolverton Environmental Services (http://www.wolvertonenvironmental.com), selecionou as plantas de acordo com suas características e capacidade de filtrar e purificar estes poluentes.


1.  Palmeira-dama (Raphis excelsa) - É uma espécie botânica pertencente à família Arecaceae. É popularmente conhecida pelo nome de palmeira-ráfis ou palmeira-dama e é originária da China. É muito usada em decoração de interiores e em jardins. Quando adulta, alcança de 2 a 4 metros de altura, com vários troncos finos, revestidos de fibras espessas, com um aspecto muito interessante. As plantas podem ser masculinas ou femininas. As inflorescências são muito ramificadas, com flores amareladas e não possuem muito destaque. Cresce melhor em ambientes com luminosidade baixa e média e prefere temperaturas medianas. Ela não tolera geadas e exige níveis altos de umidade do ar. Possui um crescimento relativamente lento, sendo adequada para cultivos em vasos destinados a interiores iluminados. Para o cultivo em jardins, em touceiras isoladas ou formando grupos, deve ser colocada a meia-sombra, com solo fertilizado e de boa drenagem. Multiplica-se principalmente por divisão de touceiras, plantadas na primavera. Faz-se a separação das brotações laterais, plantando-as em outros locais ou vasos. Segundo a Nasa, pode eliminar poluentes como o formaleído, xileno e amoníaco.


2.  Árvore da Borracha (Ficus elástica) – A Ficus elástica é uma morácea tropical, originária de uma vasta região que se estende desde o subcontinente indiano (Assam) até a Malásia e a Indonésia. É uma das plantas de interior mais populares do mundo, sendo cultivada com este objetivo em praticamente todo o planeta. Diversos cultivares foram desenvolvidos, diferindo na dimensão e coloração de suas folhas, com destaque para as variedades com folhas variegadas e com descoloração diversa. O cultivar mais comum é o Robusta, de grandes folhas, muito lustrosas e rígidas. Como árvore ornamental é usada em regiões livres de geada, desde as zonas tropicais até às regiões de clima mediterrânico. A planta cresce melhor em zonas com forte insolação, embora seja extremamente tolerante à sombra. Temperaturas muito elevadas reduzem o crescimento das folhas. Suporta bem a seca, mas prefere zonas bem irrigadas. Devido a sua dependência em relação à vespa polinizadora, fora do seu habitat natural a reprodução é assexuada, sendo fácil o enraizamento de estacas e a indução de formação de raízes em ramos através da utilização de hormônios estimuladores. Atinge de quinze a vinte metros de altura (podendo chegar até sessenta metros no seu habitat natural). Possui tronco curto e grosso, que pode chegar aos dois metros de diâmetro, de forma geralmente irregular e muito ramificado desde a base. A copa é ampla, com ramos que se desenvolvem obliquamente ao tronco principal. A planta tende a desenvolver raízes aéreas que, ao encontrarem o solo, se transformam em troncos auxiliares, ajudando a suportar os pesados ramos, contribuindo para o alargamento da copa. Há cultivares com folhas variegadas de amarelo ou matizadas de castanho-avermelhado, em geral utilizadas como planta de decoração interior. Quando cortada, a planta derrama um látex tóxico, esbranquiçado e muito viscoso. Este látex foi utilizado como matéria-prima no fabrico de borracha, embora não tenha a mesma abundância e qualidade do produzido pela seringueira. Esta planta possui a capacidade de combater a umidade do ar e eliminar poluentes como o xileno, benzeno, tolueno, tricloroetileno e formaldeído.


3.   Espada de São Jorge (Sansevieria trifasciata) - A espada de São Jorge ou espada de Santa Bárbara, (Sansevieria trifasciata ou Sansevieria zeylanica), também conhecida como língua-de-sogra, rabo-de-lagarto e sanseviéria, é uma planta herbácea de origem africana, que se destaca também por exigir pouca ou nenhuma manutenção e pela sua grande resistência. Esta planta é uma herbácea formada por rizomas, perene, sem caule, de 70 a 90 cm de altura, com folhas espessas. São cultivadas diversas variedades de folhas com margens creme-amareladas curtas e com manchas amareladas nas margens. Possui inflorescências longas, com flores brancas e pequenas, de importância ornamental secundária. A espada-de-São-Jorge se desenvolve melhor quando plantada em locais à meia-sombra, mas toleram tanto o sol pleno quanto ambientes pouco iluminados. Apresenta boa resistência a solos áridos e ao calor tropical, bem como ao frio. Pode ser cultivada em vasos ou em grupos em jardins, formando bordaduras ou mesmo para compor maciços. Evite regas demasiadas, pois isso pode causar o apodrecimento da planta. Deixe a terra secar bem antes de regar novamente. Se for adubar, faça-o somente uma vez ao ano. Troque a planta de vaso assim que as raízes preencherem o vaso todo. Multiplica-se por divisão da planta pelas raízes, ou também por estacas feitas das folhas, enterrando-se a base de pedaços de folhas. Além do seu uso ornamental, as espadas-de-são-jorge são também conhecidas como plantas de proteção contra o mau-olhado, devendo ser colocadas próximo à entrada das casas. Nas religiões afro-brasileiras, ela é também chamada de espada de ogum (quando tem coloração verde) ou espada de oxóssi (quando bicolor, com bordas amarelas). Esta folha sagrada está sempre presente nos rituais de sasanha e na cerimônia de águas sagradas denominada de abô. De acordo com pesquisas científicas, a sansevieria trifasciata limpa do ar substâncias como o benzeno, metanol, tricloroetileno, xileno e tolueno. E ainda produz oxigênio durante a noite.


4.   Jibóia (Epipremnum aureum) – O Epipremnum aureum, mais conhecido por jiboia ou hera-do-diabo, é atualmente uma das plantas de interior mais comuns, principalmente devido à sua robustez, resistência e fácil adaptação a diversos ambientes, não requerendo grandes cuidados. Por isso é bastante utilizada em escritórios, lojas e outros locais públicos. Adapta-se facilmente a temperaturas entre 17ºC e 30ºC, devendo ser regada até uma ou duas vezes por semana. Não se esqueça de uma regra que é válida para todas as espécies: Nunca deixe a terra ficar encharcada. A jiboia é uma planta tropical e gosta de calor. Se possível, faça com que a sua planta nunca seja exposta a uma temperatura inferior a 12º C. Ela gosta de locais muito iluminados, mas sem luz do sol direta. Se colocar a planta em locais com pouca luz, as folhas ficarão quase totalmente verdes e o crescimento da planta torna-se-á mais lento. Dentro de casa, elas não chegam a ultrapassar os 2 metros, mas na natureza, podem atingir mais de 20 metros de altura. A jibóia é uma epífita que se entrelaça nos troncos e galhos das árvores, agarrando-se aos mesmos com as suas raízes aéreas. As folhas também mudam de forma de acordo com a idade e o tamanho da planta. Enquanto jovem, as folhas mantêm o formato cordiforme, mas nos espécimes adultos que crescem no exterior, as folhas podem alcançar uma largura de quase 1 metro, altura em que ganham um recortado similar ao observado nas folhas da costela-de-Adão. É muito fácil propagar a Epipremnum aureum. Basta colocar qualquer parte do caule que tenha raízes aéreas junto ao solo, para que a planta enraíze rapidamente. Também podem ser cortadas estacas das extremidades, com cerca de 10 cm de comprimento, as quais enraizarão rapidamente quando colocadas em água. É eficaz na absorção de formaleído, xileno e benzeno.


5.      Lírio da Paz (Spathiphyllum wallisii) - O Lírio-da-paz é uma das plantas mais utilizadas em interiores em todo o mundo. Sua beleza, associada à baixa exigência em luz e tolerância a descuidos a torna uma das melhores opções para ambientes internos, mas pode também ser utilizada com sucesso em ambientes externos. É uma herbácea perene, de 30 a 40 cm de altura, com folhas brilhantes, que também possuem grande valor ornamental. É bastante semelhante à outra espécie chamada de Spathiphyllum cannifolium, que também possui grande valor ornamental. O florescimento pode ocorrer durante o ano todo em algumas regiões, mas é mais abundante durante a primavera-verão, liberando suas flores brancas que simbolizam a paz. Suas folhas não possuem perfume, e podem se tornar verdes com a idade ou devido à má iluminação. A planta não cresce bem sob baixas temperaturas, sendo mais recomendada para as regiões tropicais, quando em ambientes externos. Ela pode sofrer injúrias nas folhas em temperaturas abaixo dos 15 graus. O Lírio-da-paz cresce melhor quando cultivado à meia-sombra, em ambientes com boa iluminação indireta. Entretanto, ele também pode ser deixado em locais com pouca iluminação, inclusive em muitos locais que só recebem iluminação por lâmpadas. O excesso de sol direto pode amarelar as folhas e causar queimaduras. A planta pode ser plantada em vasos ou em canteiros, formando conjuntos isolados, ou em bordaduras e beira de muros. A terra deve ser rica em compostos orgânicos e possuir boa drenagem de água, para que suas raízes não fiquem encharcadas demais. A planta cresce bem mesmo em locais com baixa umidade relativa do ar (em torno dos 30%). Caso ele esteja em um local mais bem iluminado, regue mantendo a terra sempre úmida, mas não encharcada. Em locais mais escuros, deixe a terra secar um pouco antes de regar novamente. O excesso de adubação pode inibir a formação de flores e gerar pontos marrons nas folhas. O lírio-da-paz multiplica-se facilmente pelas numerosas mudas que se formam junto à planta original, as quais podem ser separadas da planta-mãe em qualquer época do ano. Você pode dividir suas raízes com o auxílio de uma faca. Esta planta tem a incrível capacidade de exterminar todos os poluentes verificados pela Nasa.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

JARDINAGEM É UM ÓTIMO EXERCÍCIO!



Você não precisa fazer ginástica em uma academia para ficar em forma – cuidar do seu jardim também pode ser uma ótima atividade física! A jardinagem, além de ser uma atividade em que você está interagindo com a natureza, é um exercício cardiovascular moderado. Duas horas de jardinagem podem queimar até 600 calorias e você ainda economizará produzindo seus próprios vegetais, legumes e frutas, tornando a sua alimentação mais saudável. Plantar suas próprias flores, legumes, árvores e arbustos e cuidar de sua manutenção ajuda a descontrair, estimula a introspecção e a meditação e delicadamente movimenta seus músculos. A prática da jardinagem também ajuda a fortalecer os músculos e ganhar flexibilidade. Isso ocorre porque você estará usando todos os principais grupos musculares do seu corpo de uma só vez, as pernas, nádegas, costas, braços, ombros, pescoço e abdome. A jardinagem é especialmente indicada para as pessoas da terceira idade, pois ajuda a fortalecer a fortalecer os ossos e também funciona muito bem para a artrite. Outro benefício proporcionado pela jardinagem é a exposição aos saudáveis raios de luz solar natural, que produzem a vitamina D em sua pele. É quase impossível conseguir quantidades adequadas de vitamina D somente a partir da dieta. A exposição à luz solar é a única maneira confiável para seu corpo dispor da vitamina D necessária para o crescimento e remodelação óssea. Sem vitamina D suficiente, os ossos podem se tornar finos, quebradiços ou malformados. Para obter o máximo benefício deste hobbie/exercício, você deve seguir essas 12 pequenas regras:

1. Sempre fazer um aquecimento e alongar os músculos antes de começar a trabalhar no seu quintal.

2. Use ferramentas de cabo longo com fácil empunhadura, almofadada e curve-se o mínimo possível.

3. Se você tiver que se abaixar, dobre os joelhos e mantenha as costas eretas.

4. Para trabalhos mais demorados, sente-se em uma cadeira baixa ou fique de joelhos.

5. Não carregue muito peso e certifique-se de que você tenha tudo à sua mão.

6. Providencie uma fonte de água e um galpão para as ferramentas nas proximidades.

7. Use avental com bolsos para as ferramentas mais importantes.

8. Use um carrinho de mão para carregar itens pesados, como terra, fertilizantes, etc..

9. Mude de posição frequentemente e alterne com caminhadas. Se você se sentir cansado ou desgastado, faça pausas para hidratação e descanso.

10. É melhor praticar a jardinagem várias vezes por semana por um tempo curto do que querer fazer todo o trabalho de uma vez só.

11. Cultive plantas perenes e de fácil cuidado, que não necessitem de podas frequentes.

12. Mesmo que você não tenha um jardim ou tenha limitações que o impeçam de inclinar-se para semear canteiros, você pode usar vasos ou outros recipientes e trabalhar sobre uma mesa.

Lembre-se: Jardinagem tem tudo a ver com o prazer de viver!

sábado, 2 de janeiro de 2016


BAMBU-DA-SORTE

Nomes populares: Bambu-da-Sorte, Dracena fita, Lucky bamboo
Nome científico: Dracaena sanderiana
Família: Ruscaceae
Origem: África

O bambu-da-sorte é hoje uma das plantas de vaso mais populares em todo o mundo. Conhecida por dar um toque oriental ao ambiente, moldada em formatos inusitados, essa planta na realidade não é de fato um bambu, mas sim uma espécie pertencente à família Ruscaceae, a mesma da pata-de-elefante e outras dracenas, enquanto que os bambus verdadeiros pertencem à família Poaceae. Quando plantado no solo, ele pode crescer até 1,5 metros de altura. Existem os de folhas totalmente verdes e os de folhas variegadas (com faixas de cores). Quando plantado em jardins, ele pode ser utilizado na formação de conjuntos e renques junto a muros. Porém, ele é muito mais utilizado em vasos, tendo sido popularizado na cultura chinesa. A planta, segundo a tradição chinesa do Feng Shui, atrai prosperidade, sorte, fortuna e ativa a energia do ambiente. Durável e prático, o bambu é perfeito para espaços internos. Pode ser colocado na mesa da sala, na mesa do escritório ou em móveis próximos à entrada da casa. Ele pode durar anos com manutenção mínima, ou seja, uma troca de água por semana e sem exposição direta à luz do sol.
Como cuidar: O bambu-da-sorte precisa de boa iluminação para crescer bem, mas não tolera luz solar direta. Folhas amareladas indicam excesso de sol direto. A planta suporta luminosidades baixas, mas pode se tornar muito esticada, com uma aparência não muito boa. A planta prefere temperaturas intermediárias, entre 15 e 35 graus Celsius e precisa de uma umidade do ar também intermediária (de 30 a 65%). O bambu-da-sorte é frequentemente cultivado como uma planta hidropônica, sendo deixada na água com alguns nutrientes, junto a algumas pedras decorativas que suportam a planta. Nesse caso, a água deve ser trocada a cada 3 a 5 dias, sendo recomendado enxaguar o vaso, as pedras e a própria planta, sempre que fizer a troca. Se plantado em terra, deve-se regar constantemente a planta, de modo a deixar o solo sempre molhado. Mesmo que você vá plantá-lo em solo, é melhor começar na água, até que suas raízes se desenvolvam. Fertilize a planta mais ou menos uma vez por mês. Se estiver usando terra, utilize um fertilizante orgânico mensalmente (o sintético pode causar apodrecimento), para que a planta obtenha os nutrientes necessários. Se estiver cultivando de maneira hidropônica, use um fertilizante líquido na água, durante a sua troca. Evite o aparecimento de pontas queimadas usando água filtrada ou mineral. As pontas queimadas surgem quando as folhas começam a ressecar e morrer. Isso costuma acontecer quando há muitas substâncias químicas, como cloro, na água. Usar a água de torneira talvez não seja suficiente e você precise usar água mineral, para deixar a sua planta com aparência saudável. É difícil se livrar das pontas queimadas quando elas surgem. Mesmo que você troque a água, algumas substâncias químicas podem ficar impregnadas na planta, levando algum tempo até elas sumirem. Você pode modelar a haste da planta na medida em que ela cresce, enquanto ela ainda é mole. Você pode fazer isso enrolando arames, como nas técnicas usadas para bonzai, direcionando o tronco ou movendo a fonte de luz da planta (pois ela irá seguir a luz). Com o tempo, a maioria dessas plantas fica pesada demais. Por isso, a poda é importantíssima para mantê-la saudável. Não corte o caule principal, apenas os ramos. Pode-os a partir de 2,5 a 5 cm da base. Novos brotos surgirão e a planta ficará mais frondosa e saudável.
Como reproduzir: A planta é tradicionalmente multiplicada por estacas de 4 a 8 cm de comprimento. Essas estacas podem ser obtidas simplesmente cortando o talo em pedaços e deixando-os na água até que enraízem.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2016


PITAYA, A FRUTA DRAGÃO

Também conhecida como fruta do dragão, por causa de sua casca irregular e seus gomos escamosos, a Pitaya tem um suave sabor adocicado, que lembra uma mistura entre melão, pera e kiwi. Por sua ação termogênica, a fruta é indicada em dietas para emagrecimento. Isso porque ela é fonte de Tiramina e N-Metiltiramina, aminoácidos que ativam o hormônio Glucagon, que estimula o organismo a utilizar os seus estoques de glicose e de gordura e transformá-los em energia, contribuindo para a sensação de saciedade. A Pitaya também é rica em vitamina C, cálcio, ferro, fósforo e potássio.
O cultivo da Pitaya teve um grande avanço na última década, quando despertou a atenção dos produtores brasileiros, principalmente devido a sua rusticidade e precocidade de produção. A cultura é baseada em quatro espécies (Hylocereus undatus, Hylocereus polyrhizus, Hylocereus setaceus e Hylocereus megalanthus), que diferem, entre outros aspectos, quanto ao tipo de fruto produzido, sendo a Pitaya vermelha de polpa branca (H. undatus) a mais cultivada no Brasil.
Todas as partes da planta podem ser consumidas, até os cladódios, flores e os frutos, que apresentam grande quantidade de compostos funcionais e propriedades medicinais comprovadas, entre elas o auxílio no controle da hipertensão arterial, o que tem gerado interesse pela indústria farmacêutica, visando separação destes compostos.
O seu cultivo apresenta rápido retorno econômico, iniciando a produção já no primeiro ano após o plantio. Na maioria dos pomares os próprios produtores realizam a multiplicação de seus materiais, através da estaquia, o que garante a uniformidade do pomar e precocidade de produção, diferente do que ocorre quando a propagação é realizada por via seminífera.
Por serem plantas oriundas de habitats sombreados, as Pitayas necessitam de sombreamento para seu cultivo. Quando cultivadas em locais com grande intensidade luminosa as plantas apresentam amarelecimento dos ramos, podendo chegar à morte. Assim, indica-se que sejam cultivadas sombreadas, em telas com variação entre 30 e 60% de sombra, de acordo com a espécie.